Feridas da Alma sinalizadas na Boca

Através da Psiconeurodontologia ou Decodificação Dental podemos acessar com palavras um conflito inconsciente que foi reprimido e guardado quando experimentado. Esse evento normalmente, foi vivido no passado de forma intensa, inesperada e dramática, em silêncio e na solidão e não foi susceptível de elaboração por parte do indivíduo. O cérebro o guarda então no inconsciente para que o indivíduo sobreviva e no futuro próximo exteriorizará no corpo buscando solução. Toda patologia dentaria, seja em que nível for, reflete um conflito relacional inconsciente e/ou não resolvido.

“O sofrimento é um véu recobrindo o “melhor” de nós mesmos ou em nós. E porque esse “melhor” em nós é o objetivo de nossa existência na Terra, esse é um axioma de base a se considerar”. Christian Beyer

Em resumo, nosso sofrimento é nossa possibilidade de reparo de conflitos dentro do clã, nossa missão em vida ou contribuição para mudanças de paradigma no coletivo. 

Todo conflito relacional não resolvido, que é bloqueado (que o indivíduo não assume a responsabilidade), ou seja, não finaliza aquilo verbalmente ou com uma ação pode determinar que o dente cristalize uma patologia relacional. Quando resolvido o conflito (Verbalizado/exonerado/aceito/perdoado/resignificado), a patologia deixa de existir.

O conflito também pode vir predeterminado na memória transgeracional do indivíduo (do clã) inscrita no DNA e/ou ser apenas experimentado pelo indivíduo nesta existência (ou ainda, os traz de outras vidas experimentadas). As experiências repetidas em vida trazem à tona um conflito as vezes muito antigo vivido pelo indivíduo e/ou pessoas do seu clã de forma repetida. Esse conflito espera por solução/cura através de toda a árvore genealógica daquele indivíduo e pode ter ressonância com uma necessidade de evolução individual da pessoa em questão.

A célula biológica roda os programas que tem dentro de si; é o que chamamos cérebro biológico; é o núcleo que reage em função do SENTIDO, que é determinado pela PERCEPÇÃO individual diante da experiência. Assim cada tecido biológico, em função da origem embrionária (3 folhetos embrionários), vai reagir especificamente escavando ou produzindo massa em fase ativa de conflito e o inverso em fase de solução de conflito por ex: cárie dentária ou deposição de dentina reacional (Nova Medicina Germânica).

A biologia humana reage e responde ao pensamento seja ele imaginativo ou baseado numa experiência real e atual, seja temporal ou atemporal. Os pensamentos criam sinais químicos que a célula biológica recebe, decifra e aos quais reage. Infelizmente, a reação corre o risco de não ter relação nenhuma com a realidade. Nossa biologia ou cada cada célula está ligada ao mundo exterior pelos 5 sentidos e é obrigada a se adaptar permanentemente às condições exteriores.

No caso de um sentimento forte assimilado a um sofrimento, se não empregamos algum tempo para vivê-lo plenamente, para aceitar a emoção que o acompanha e gerenciar o todo de modo coerente, permitimos que a biologia associe estímulos e sentidos segundo os dados recebidos anteriormente. A primeira fonte de dados acessada é nossa própria memória existencial. Mas quando somos ainda crianças, esta fonte de dados é ainda pobre e está em construção e a biologia busca então na memória genealógica vendo em primeiro lugar o conjunto de dados armazenados nos 18 meses antes do nascimento (concepção e gestação). O próximo registro onde nosso computador central busca informações é a memória relacional de toda a genealogia, com certas regras preferenciais, pois como sua função é garantir sobrevivência, ela primeiro vai aplicar aquilo que já funcionou antes e, portanto, estaremos reagindo de modo totalmente inconsciente e repetitivo perpetuando o conflito ancestral.

A través das leituras apontadas pela psiconeurodontologia temos a oportunidade de tomarmos consciência dos conflitos inconsciente como pano de fundo das nossas reações e sintomatologias e gerenciar nosso destino como verdadeiros protagonistas de nossa existência.